Mas o líder do grupo disse: “Não! Vamos mais adiante, já chegamos até aqui, não devemos pararagora. Deve haver algo mais a ser explorado”. Então seguiram adiante. De longe, avistaram animais bem diferentes dos poucos que conheciam e sentiram uma corrente de ar mais forte, e pela primeira vez, um clarão que iluminava as paredes da caverna onde estavam. Ficaram encantados e vibravam como quealucinados.

Alguns metros mais adiante vislumbraram uma abertura que dava para a floresta. Ali enxergaram,mesmo que com os olhos doloridos, os primeiros fachos de luz. Viram o verde das árvores, a cor das flores, os animais, os peixes e o azulado das águas dos lagos.

Celebraram por muito tempo, até que o líder disse:

“Basta! Não fazemos bem ficar aqui celebrando sozinhos enquanto nossos amigos vivem naqueleestado do qual já saímos. Vamos retornar e avisar ao nosso povo, contar-lhes o que encontramos e trazê-los todos para fora das cavernas escuras.”

Embora soubesse que teriam dificuldades, eles tentaram fazer o caminho de volta e apesar de muitos acidentes, conseguiram chegar na tribo. Então, gritavam por seus amigos e familiares, chamaram a todose começaram a dizer o que tinham visto. Falavam com entusiasmo e grande animação, tentaram descrever o que viram, porém não sabiam ao certo como explicar. Suas vozes se misturavam com sorrisos e mímicas na tentativa de convencer o povo a ir com eles e verificar o que haviam descoberto. Os líderes ea tribo inteira, todos irados, até seus amigos que haviam desistido e retornado, não acreditaram nem entenderam o que estavam tentando dizer.

Texto extraído do livro Autodescoberta – Segredos para uma vida de plenitude. De Edivaldo A Fontes.